Lyon veste-se de cor, arte, música e luz, para deslumbrar habitantes e turistas nos próximos quatro dias, tal como nos últimos 162 anos.
Esperam-se mais de três milhões de pessoas, do mundo inteiro, para deambular pelas ruas da antiga capital dos gauleses, onde os artistas de todas as áreas destacam o que de mais belo se faz, em 70 instalações com som, imagens e bailados na mundialmente famosa Festa das Luzes.
A origem desta festa remonta ao século XIX, em 1852, quando a cidade inaugurou a estátua à Virgem Maria, na colina da Fourvière – onde fica hoje a Basília de Notre Dame, por ter salvo Lyon da peste, em 1643. A promessa dos mercadores, nobres e religiosos passou a ser paga anualmente, entrando na históra dos habitantes, quer venerem ou não Maria.
Ao cair da noite, todas as famílias iluminam as janelas e entradas das casas, havendo mesmo alamedas inteiras debroadas com velas curtas e estriadas como pequenos bolos de Natal. Há concertos e vinho quente em todas as igrejas e catedrais da cidade. As fachadas e os edifícios históricos, praças, colinas e parques são valorizados com as mais divinas e poéticas criações, desde os anos 80 – patrocinadas pela Câmara de Lyon.
A festa, que se fazia apenas a 8 de dezembro prolonga-se por quatro noites de magia. Um túnel de dois km foi totalmente iluminado para a corrente humana que se reveza, a pé ou de bicicleta, durante as horas de vai e vem pela cidade.
Este ano, na praça principal de Lyon, Bellecour, homenageia-se o filho da cidade, o célebre escritor e piloto Antoine
de Saint-Exupéry, autor de O Principezinho.