Israel vai a eleições legislativas antecipadas o mais tardar em abril de 2015.
O projeto de lei para a dissolução do Parlamento começa, hoje, a ser analisado depois de o chefe de Governo ter demitido, na véspera, dois ministros considerados demasiado críticos.
Cansado da oposição, Benjamin Netanyahu decidiu pôr fim ao governo de coligação que assumiu o poder em 2013.
Ao país e ao mundo, o primeiro-ministro israelita justificou a decisão com os entraves colocados à governação pelos ministros em causa que, de acordo com Netanyahu impediram o executivo de trabalhar.
Na origem das divergências com o ministro das Finanças, de centro-direita, e com a titular da pasta da Justiça, de centro-esquerda, estão questões como, por exemplo, o projeto de supressão do IVA sobre a compra de imóveis e as críticas à colonização em Jerusalém Oriental.
Com os partidos de direita a subir nas sondagens, os analistas dão como praticamente certa a reeleição de Netanyahu para um quarto mandato e a formação de uma coligação governamental mais à direita. Um cenário que promete dificultar as negociações sobre o processo de paz israelo-palestiniano em ponto morto desde 2000.