O comandante do Costa Concordia pronunciou-se pela primeira vez no tribunal de Grosseto, em Itália, esta terça-feira. Francesco Schettino é acusado de homicídio, de abandono de navio e de provocar danos ambientais, na sequência do naufrágio do navio de cruzeiro em janeiro de 2012. O acidente provocou a morte de 32 pessoas.
“Este não é o julgamento de um assassino. É o julgamento de um homem bom, que se comportou sempre de forma correta e que trabalhou duramente toda a vida. Foi um acidente, um acidente marítimo como tantos outros” – alega o advogado de Schettino, Domenico Pepe.
Os familiares das vítimas aguardavam com expectativa as palavras do comandante do Costa Concordia. Além da alegada responsabilidade do réu, esperavam-se palavras sobre a conduta da companhia Costa Cruzeiros, proprietária do navio.
“Esperamos conhecer a verdadeira responsabilidade da companhia Costa” – sublinhou o advogado dos familiares das vítimas, Fabio Targa.
O Costa Concordia naufragou junto à ilha de Giglio, ao largo da Toscana, depois de embater num rochedo. O navio de cruzeiro transportava mais de 4000 passageiros. Além do processo contra o comandante Schettino, as autoridades de Giglio e os familiares das vítimas intentaram processos contra o armador.