É o que resta de Kobani, a cidade síria na fronteira com a Turquia depois de mais de dois meses de intensos combates.
Estas imagens captadas há uma semana e, agora, divulgadas mostram o que sobrou de um dos principais enclaves curdos na Síria.
A ofensiva lançada pelos radicais do Estado Islâmico em meados de setembro prossegue e, ao contrário do aconteceu nas primeiras semanas de combates, os peshmergas continuam a ganhar força.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, os extremistas estão a recuar em algumas zonas do leste de Kobani. A situação apresenta-se mais complicada a oeste onde os combatentes curdos mantêm os ataques contra os fundamentalistas.
Os peshmergas sabem que nada está, ainda, decidido, mas reconhecem que esta guerra há muito estaria perdida sem o apoio da coligação internacional.
“Os ataques aéreos estão a ser eficazes e os fundamentalistas do autodenominado Estado Islâmico estão com medo. Têm medo não só dos raides, mas também dos combatentes curdos que se encontram no terreno” afirma um combatente curdo.
Nos últimos dois dias, a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos lançou mais de uma dezena de raides aéreos no Iraque e nas regiões de Kobani e de Allepo, no norte da Síria.
As atenções concentram-se, agora em Raqqa. A cidade que se encontra nas mãos dos extremistas foi bombardeada, esta terça-feira, pela força aérea síria. O último balanço aponta para cerca de uma centena de mortos, a maioria civis.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos diz que em apenas 40 dias o regime de Bashar Al-Assad lançou cerca de 2 mil raides aéreos contra a população.