O preço do petróleo mantém a tendência de queda na véspera da reunião da OPEP, a mais importante dos últimos anos. É profundamente dividida que a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) se reúne esta quinta-feira em Viena, na Áustria.
As divisões entre os 12 Estados membros não deixam antever um acordo para um corte da produção, para fazer subir os preços.
Stephen Wood, estratega de mercado no Russel Investments, considera que há “muitas dinâmicas que passam pelos objetivos de produção da OPEP. Tivemos uma importante desaceleração da China, como ficou provado com o corte das taxas de juro. Registamos uma desaceleração do Japão e da Europa. O fator relativo à procura mundial pode ser mais importante do que o preço fixado ou não pela OPEP”.
Desde junho, o preço do petróleo caiu 30%, para a casa dos 70 dólares. O barril de Brent ronda os 77 dólares e crude do Texas os 73 dólares.
O recuo dos preços acompanha uma desaceleração da procura e da economia, mas também um aumento da produção mundial, graças ao petróleo de xisto nos Estados Unidos.
A Arábia Saudita está pronta a aceitar uma queda dos preços até aos 60 dólares. O que não agrada a outros membros da OPEP, cujas finanças estão a ser afetadas pelos preços baixos.
Apesar das divisões, a OPEP quer que países produtores não-membros façam um esforço e reduzam também a produção. A Rússia não parece disposta.
A OPEP produz 30 milhões de barris por dia, o equivalente a um terço da produção mundial.