A queda dos preços de petróleo e as sanções poderão custar entre 100 e 112 mil milhões de euros por ano à Rússia.
O ministério russo das Finanças estima que só as sanções ocidentais custam o equivalente a 32 mil milhões de euros por ano (40 mil milhões de dólares). As represálias internacionais contra Moscovo fizeram também duplicar a fuga de capitais, obrigando as autoridades a subir as estimativas.
Anton Siluanov, o ministro das Finanças, avança: “A fuga de capitais é agora reduzida, em primeiro lugar falamos de créditos e investimentos. A União Europeia e os Estados Unidos puseram barreiras à entrada de capitais na Rússia. Estamos a perder cerca de 40 mil milhões de dólares por ano. É óbvio, é uma grande soma. Mas, tendo em conta, a fuga total de capitais, que antes rondava os 100 mil milhões de dólares, pode agora atingir 130 mil milhões de dólares”.
De acordo com os analistas, as novas contas do Kremlin não têm em conta a forte desvalorização do rublo, que recuou quase 30% desde o início do ano.
Para o ministro russo das Finanças, a maior ameaça à economia é a queda dos preços do petróleo.
O barril de Brent recuou 30% desde junho, o que equivale a perdas de quase 80 mil milhões de euros por ano.
A Rússia pondera a uma redução da produção e pressiona a OPEP a baixar a produção.
As receitas do petróleo são essenciais e Moscovo aprovou um orçamento de Estado para 2015 deficitário, que prevê um preço do barril perto dos 100 dólares.