Cinco polícias feridos e uma dezena de manifestantes detidos, é o balanço dos confrontos que se registaram em Atenas, no fim das comemorações dos 41 anos da revolta estudantil que derrubou a junta militar.
As forças anti-motim recorreram a gás lacrimogéneo e granadas atordoantes para dispersar os manifestantes, que queimaram bandeiras norte-americanas e europeias em frente à embaixada dos Estados Unidos.
Cerca de 18 mil pessoas desfilaram em Atenas e outras 14 mil em Tessalónica para assinalar, como todos os anos, o levantamento de 17 de novembro de 1973 contra o regime dos coronéis. Uma data que marcou o fim da ditadura e resultou, sete meses depois, na restauração da democracia.
Uma estudante diz que “devemos manter-nos unidos para manter vivo o espírito combativo deste evento e não comemorá-lo com uma atitude partidária”.
Outro manifestante diz que “os acontecimentos de 1973 são intemporais e ensinaram-nos que os únicos combates perdidos são aqueles que nunca foram lutados”.
Como todos os anos, a marcha culminou na embaixada dos Estados Unidos, para denunciar o papel dos serviços secretos norte-americanos na instauração da ditadura, entre 1967 e 1974.