Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo histórico para reduzir as emissões de gases com efeito estufa. São estes dois países que produzem cerca de 40 por cento das emissões de CO2 no mundo, daí a surpresa inicial ter sido grande, mas os especialistas consideram que ainda não é assim que se avançará significativamente É um plano, em grande parte, simbólico.
Os presidentes Obama e Xi Jinping, reuniram-se em Pequim, para as primeiras conversações formais, em mais de um ano. Anunciaram o acordo sobre o clima no encerramento da Cimeira da Cooperação Económica Ásia Pacífico (APEC). Obama minimizou as críticas de que os EUA procuraram combater a ascensão da China na região. Os esforços para mudar a política contra o aquecimento global vão continuar a ser revistos em Paris, em 2015.
A China fixou o objetivo de começar a reduzir, até 2030, as emissões de gases com efeito estufa, manifestando a intenção de tudo fazer para inverter a tendência ainda antes. É a primeira vez que Pequim considera um prazo a partir do qual as emissões vão deixar de aumentar.
Pelo seu lado, Washington compromete-se a reduzir de 26 a 28% as emissões, até 2025.
Depois de Quioto, as Nações Unidas organizam, anualmente, uma conferência internacional para tentar colocar em prática medidas comuns de luta contra o aquecimento global.
Em, 2009, a COP 15 de Copenhaga (COP-15, 15ª Conferência das Partes, realizada pela UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 7 a 18 de Dezembro de 2009, na Dinamarca) decidiu adiar, para 2015, a assinatura de um acordo que vinculasse todos os países. Em Paris, todos se devem comprometer: os mais e os menos desenvolvidos.
Os principais signatários do Acordo de Quioto, nomeadamente os Estados Unidos, nunca o ratificaram. A luta a favor do clima, tem agora um novo aliado atlântico, Barak Obama, mas o Senado recusou sempre ir mais longe. Mas como o Partido Republicano tem agora a maioria no Senado norte-americano, os novos objetivos são rejeitados e considerados irrealistas.
O acordo dos Estados Unidos e da China tem uma importância mais política do que real, mas dá um impulso inegável à discussão para um novo acordo climático, universal, em Paris, no final de 2015.