Degenerou em fogo posto, a manifestação pelos estudantes desaparecidos, no México.
Cerca de duas dezenas de manifestantes encapuzados deitaram fogo à porta do Palácio Nacional – sede do governo mexicano – sábado à noite, quando milhares de pessoas marchavam nas ruas.
Exigem o regresso, com vida, dos 43 estudantes desaparecidos a 26 de setembro. “Levaram-nos com vida, é com vida que os queremos de volta”, lia-se em bandeirolas.
Os manifestantes, que exigem também a demissão do presidente Enrique Peña Nieto, acusam as autoridades de terem assassinado os estudantes.
“Estou aqui para apoiar os meus colegas estudantes de Ayotzinapa porque toda a gente sabe que foi o governo que os matou, Não foi nenhum cartel de droga, foi o próprio governo que os assassinou”, afirma um jovem manifestante.
Mais de 70 pessoas foram já detidas, incluindo polícias e narcotraficantes. Segundo os depoimentos, os estudantes terão sido entregues pela polícia a traficantes que os mataram e queimaram os corpos durante horas, para evitar a identificação pelo ADN.
O caso veio trazer à luz do dia as ligações entre autoridades e cartéis da droga, no México.