A sentença de Oscar Pistorius chegou esta terça-feira: o atleta paralímpico sul-africano foi condenado a 5 anos de prisão pelo assassinato da namorada, a modelo Reeva Steenkamp.
Numa audiência aberta ao público, a juíza Thokozile Masipa insistiu no equilíbrio entre enviar uma mensagem ao povo sul-africano e reabilitar o acusado, para que se torne, de novo, um membro útil à sociedade.
Oscar Pistorius enfrentava uma sentença que poderia ir de pena suspensa – o que o deixaria em liberdade – a até um máximo de 15 anos de prisão.
“O tribunal pronunciou o veredicto e a sentença. Aceitamos o julgamento”, admite Arnold Pistorius, o tio do atleta, que continua: “O Oscar vai aproveitar esta oportunidade para pagar a dívida que tem para com a sociedade”
Do lado da acusação, que tinha querido um veredicto de homicídio simples – e não de homicídio involuntário – e pedira 10 anos de prisão, a hipótese de um recurso não está fora de causa, admite Nathi Mncube, porta-voz do ministério público: “Neste momento, estamos a equacionar apresentar ou não recurso. A questão não é simples porque há leis que precisamos de ter em consideração. Há casos que temos de analisar para termos a certeza de que, se apresentarmos recurso, seremos capazes de fundamentar a nossa decisão.”
Pistorius fora condenado por homicídio involuntário, ao final de um processo muito mediatizado, que se iniciou a 3 de março.
Os factos remontam a 14 de fevereiro do ano passado, quando o atleta amputado matou a namorada com quatro tiros, disparados através da porta fechada da casa de banho, pensando tratar-se um ladrão.