800 doses de uma vacina experimental contra o ébola começam a ser enviadas na segunda-feira pelo governo canadiano para a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A OMS decidirá em seguida como distribuir a vacina pelos países mais afetados pela epidemia.
A promessa de doar entre 800 a 1000 doses do produto foi feita pelo Canadá em agosto, mas a discussão em torno de questões éticas e de logística atrasou o processo.
Na África Ocidental, o ébola já matou mais de 4500 pessoas. Desde que o surto do vírus foi declarado, no início do ano, o número de infetados já ultrapassou 9000. Mas, a confirmarem-se as piores previsões da OMS, em dezembro, irão surgir 10.000 novos casos por semana na região.
Na Libéria, um dos países mais afetados pela epidemia, uma grávida, que perdeu o pai e a mãe às mãos do vírus, pede “ajuda”, “dinheiro para a escola, para roupas, porque toda a roupa das crianças teve de ser queimada”.
A taxa de mortalidade do ébola é atualmente de 70% e a perspetiva de um crescimento exponencial do número de infetados está a lançar o pânico, para já mediático, um pouco por todo mundo.
Entretanto, já chegou à Serra Leoa parte do contingente de 750 militares que o Reino Unido disponibilizou para o combate ao ébola na África Ocidental. Um navio-hospital britânico deverá ancorar em Freetown nas próximas duas semanas e está a ser preparada a formação de 2500 sobreviventes do vírus para ajudarem nos centros de quarentena.