Prossegue a desvalorização do preço do petróleo. O barril de Brent, que serve de referência a Portugal, está em mínimos de quatro anos. Esta quarta-feira chegou a valer menos de 85 dólares por barril e na sessão anterior recuou quatro dólares, a maior queda diária em mais de três anos.
O mercado está sob pressão.
As perspetivas de consumo e de crescimento da economia mundial foram revistas em baixa, o abastecimento da Líbia subiu, a produção norte-americana atinge máximos de três décadas e os membros da OPEP recusam, para já, reduzir a produção.
Desde junho, quando atingiu o máximo de 115 dólares, o barril de Brent do Mar do Norte já desvalorizou 25%.
O analista Michael Hewson explica: “Neste momento há uma espécie de guerra dos preços. A oferta é superior à procura. Penso que é uma jogada da Arábia Saudita para parar a revolução do petróleo de xisto e os produtores norte-americanos, acima de tudo. Penso que a um dado momento, vai atingir um patamar, talvez em torno dos 80 dólares por barril”.
A queda dos preços do petróleo está a pesar sobre os orçamentos dos países produtores, arrastando alguns para o vermelho. Já para os consumidores é um alívio inesperado que pode beneficiar a economia em cerca de dois mil milhões de dólares por dia.