São precisos apenas dez minutos para carregar a bateria do ferry que liga o centro de Estocolmo à periferia. Um tempo recorde só possível graças ao uso de um supercarregador de bateria.
Os trajetos regulares começaram há um mês. A bateria de hidreto metálico de níquel permite uma hora de navegação.
Por enquanto, há apenas uma estação de carregamento em Estocolmo. O ferry é obrigado a usar um gerador de eletricidade a gasóleo para percorrer a totalidade do trajeto.
Mas dentro de semanas, as novas estações deverão estar prontas. O barco poderá realizar a totalidade do percurso.
A nova embarcação é menos dispendiosa que os modelos equipados com motores a gasóleo.
“O sistema recorre a um supercarregador. A embarcação pode circular durante uma hora e carregar a bateria durante dez minutos. Com um supercarregador o tempo de utilização do barco aumenta, em relação aos sistemas em que a bateria tem de ser carregada durante a noite”, explicou Hans Thornell, presidente da empresa sueca Green City Ferries.
Uma das principais vantagens do sistema é a redução da emissão de dióxido de carbono. Além de poluir menos, há uma diminuição de 30% dos custos operacionais.
“A grande vantagem do sistema tem a ver com questões ambientais. Um barco deste tamanho com motor a gasóleo emite muito dióxido de carbono e óxido de nitrogénio e outras partículas perigosas para a saúde. Neste caso controlamos todo o ciclo de fornecimento da eletricidade, somos proprietários da estação eólica portanto controlamos os propulsores”, acrescentou o responsável.
O ferry elétrico tem ainda outra grande vantagem: produz muito menos ruído e vibrações, o que torna a viagem mais agradável.