Mais de 400 mil funcionários do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla inglesa) de Inglaterra e da Irlanda do Norte exigiram esta segunda-feira aumentos salariais através de uma greve que durou quatro horas. Foi a primeira greve de tal envergadura no setor dos últimos 30 anos.
A revisão salarial foi sugerida por um grupo independente de estudo afeto ao NHS, que defende um aumento de 1 por cento para todos os funcionários do setor da saúde, nomeadamente enfermeiros, auxiliares de saúde e paramédicos. O governo britânico recusa, por entender que tal revisão seria incomportável para as contas públicas, no atual contexto económico, e poderia provocar a necessidade de reduzir funcionários do NHS.
Os sindicatos do setor da saúde não se conformam e anunciaram a manutenção do braço de ferro por mais quatro dias, optando, no entanto, por substituir a greve pelo apelidado “work-to-rule” e que significa trabalhar apenas os mínimos que os contratos exigem.
Para fazer face, por exemplo, à adesão à greve desta segunda-feira dos condutores de ambulâncias, o NHS inglês recorreu à colaboração de militares.