O estado de saúde da paciente espanhola infetada com o vírus Ébola agravou-se nas últimas horas, segundo o hospital de Madrid onde a auxiliar de enfermagem se encontra internada.
Teresa Romero terá sido entubada, segundo a família, que afirma que alguns médicos dão-lhe poucas hipóteses de conseguir sobreviver apesar de ter sido submetida a um novo tratamento.
Até agora 4 médicos e 2 enfermeiros que atenderam a paciente, assim como o marido de Teresa, encontram-se internados sob observação, quando 50 outras pessoas estão sob vigilância médica no domicílio.
O responsável dos serviços sanitários de Madrid, Javier Rodriguez, rebateu hoje as críticas à atuação das autoridades na atual crise, reafirmando que o contágio de Teresa Romero se deveu a um “erro humano”: “ela admitiu ter tocado na cara com a luva de proteção”, afirmou Rodriguez.
Uma versão criticada pelos sindicatos de enfermagem que falam de falhas no protocolo estabelecido pelos serviços sanitários, quando alguns médicos recusam-se a assistir a paciente por falta de segurança.
“Há falhas graves em todo o protocolo. Talvez a Teresa tenha coçado a cara com a luva de proteção. A questão não é de saber se mentiu ou não ao médico. A questão é que o protocolo não funcionou como devia”, afirma Isabel Lozano, responsável do sindicato de enfermagem SAF.
Vários sindicatos não hesitam em apontar culpas à ministra da Saúde, Ana Mato, que se reuniu esta manhã em Madrid com um gabinete de crise para avaliar a situação.
A imprensa espanhola refere igualmente que a ambulância que levou a paciente ao hospital teria transportado outras sete pessoas sem ser desinfetada durante 12 horas, os dois condutores do veículo, que alertaram a sua hierarquia para a situação, estão atualmente em casa sob observação médica.