O Salão Automóvel de Paris abre portas ao público este fim-de-semana num clima de preocupação e cautela da parte dos construtores. Depois da letargia dos últimos seis anos na Europa, as vendas voltaram a arrancar este ano, mas rapidamente desaceleraram e há já quem duvide que o balanço do ano seja positivo no velho continente.
Em contraciclo com os receios do sector, o presidente François Hollande declarou que “há dois anos, a indústria automóvel francesa estava em crise. Mas, durante os últimos dois anos, foram feitos esforços por parte dos industriais e o Estado lançou uma série de estímulos que estão agora a dar resultados. A indústria automóvel francesa recuperou e volta a acelerar”, afirmou.
Apesar de o sector estar novamente a crescer, o nível das vendas continua a estar cerca de 20% abaixo do registado em 2007. Os profissionais do sector admitem que serão necessários mais de três anos para que o mercado europeu regresse aos valores que apresentava antes de a crise rebentar.
Em tempos de austeridade, os construtores estão a apostar em veículos que consumam pouco combustível e com muitos extras numa tentativa de atrair mais clientes.
No sector do luxo, as marcas apostam nos sistemas inteligentes de condução, carros que num futuro pouco distante serão capazes de nos conduzir.