O antigo líder nacionalista catalão negou, esta sexta-feira, as acusações de corrupção frente ao parlamento regional. Convocado pelos deputados, Jordi Pujol rejeitou ter cobrado comissões milionárias durante os 23 anos em que foi presidente da região autónoma, admitindo no entanto, possuir contas não declaradas no estrangeiro.
“Digo de forma categórica que nunca fui um político corrupto. Apenas isto, que nunca fui corrupto. Repito: nunca recebi dinheiro em troca de uma decisão política ou administrativa”, afirmou Pujol que admitiu possuir 800 mil euros em contas no estrangeiro, alegadamente provenientes de uma antiga herança.
O escândalo, que está a ser investigado pela polícia, coincide com a preparação do referendo sobre a independência da Catalunha. Artur Mas, antigo mão direita de Pujol e atual presidente catalão, deverá convocar este sábado a consulta popular para o próximo dia 9 de novembro, depois do parlamento ter dado luz verde à lei que permite organizar um referendo não vinculativo.
Uma legislação inconstitucional para Madrid, que deverá apelar à justiça para bloquear a decisão. O primeiro-ministro Mariano Rajoy convocou um conselho de ministro extraordinário para a próxima segunda feira para apresentar um recurso junto do tribunal constitucional.