Ainda que, fontes no terreno, garantam que o fluxo de pessoas, que fogem da Síria, para se refugiar na Turquia, tenha vindo a diminuir, há ainda muitos refugiados aqui.
Foram obrigados a abandonar as suas casas, as suas aldeias. Mustafa Misto vem de Kobani e tem cinco filhos. Toda a família, dezassete pessoas, deixou tudo para trás, na semana passada:
“O ISIL entrou na nossa aldeia e as pessoas ficaram numa situação miserável. O medo alastrou e começaram todas a fugir. O que é que estas crianças lhes fizeram? Elas ficaram assustadas. Eles atacaram-nos com bombas e tanques. Pessoas que não têm nada a ver com a guerra, são as que morrem.
A situação é muito difícil. Aqui tentam tomar conta de nós, mas para as crianças, é muito complicado. Só podemos sentar-nos e esperar”, desabafa Mustafa.
“Eles saquearam tudo, roubaram o nosso gado. Abandonámos a nossa casa, as quintas. Eles queimaram tudo. Feriram bebés, fizeram todo o tipo de mal”, explica uma idosa.
Desde o início do conflito, as autoridades turcas registaram, oficialmente, a entrada no país de cerca de 140 mil refugiados sírios. Pessoas que deixaram uma vida para trás para tentarem sobreviver.