O policial militar que baleou e matou um ambulante na quinta-feira (18) foi encaminhado para o presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo. Nesta sexta-feira (19), ele deixou Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) após prestar depoimento. A polícia diz que o disparo foi acidental. Testemunhas negam.
Imagens mostram o momento em que os policiais dominam um camelô. Carlos Augusto Muniz se aproxima dos policiais. Não é possível ver o disparo, mas dá para escutar o barulho. O ambulante foi atingido na cabeça e não resistiu.
O policial foi autuado em flagrante por homicídio. A Secretaria de Segurança Pública afirmou, em nota, que não compactua com desvio de conduta de policiais. O caso é apurado pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Polícia Civil.
A corporação não divulgou a identidade do policial. A equipe do Bom Dia São Paulo, porém, apurou que ele é soldado e está há nove anos na Polícia Militar. A confusão aconteceu na tarde de quinta-feira durante uma operação uma fiscalização da Operação Delegada para apreender mercadoria ilegal na Rua Doze de Outubro, rua de comércio popular na Zona Oeste de São Paulo.
De acordo com informações da Polícia Militar, várias pessoas teriam partido para cima dos policiais. Para algumas testemunhas, o disparo foi proposital. Depois do disparo, houve um protesto contra a ação militar na Zona Oeste. Ruas foram bloqueadas, um ônibus foi depredado, cinco pessoas foram detidas por vandalismo e uma por desacato. Todas as pessoas foram liberadas.