O presidente ucraniano espera que a Crimeia regresse ao controlo de Kiev, em breve, mas sem a necessidade de uma intervenção militar. Foi nestes termos que Petró Poroshenko dirigiu-se esta manhã aos participantes do fórum diplomático da estratégia europeia de Ialta, que se realiza pela primeira vez em Kiev, após a anexação russa da Crimeia.
Um discurso frente ao presidente do parlamento, Martin Schulz e ao comissário europeu para o alargamento Stefan Fuller, entre outros.
“Enfrentamos um problema sério, dizem que perdemos a Crimeia, mas a verdade é que assistimos a uma invasão da Crimeia que vai regressar em breve ao nosso controlo, mas não necessariamente por meios militares”, afirmou Poroshenko.
A quatro dias da ratificação do tratado de associação com a União Europeia, no parlamento de Kiev, Poroshenko sublinhou que a situação no país não se trata apenas de uma luta pela soberania do território mas de um combate por valores ocidentais.
“A Ucrânia nunca beneficiou de tanto apoio no mundo e na Europa e é por isso que pensamos que seria indelicado que não nos garantissem um futuro europeu”, ironizou Poroshenko.
A intervenção do presidente ucraniano ocorre no mesmo dia em que entra em vigor o segundo pacote de sanções da União Europeia e dos Estados Unidos contra a Rússia.
Tanto o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, como o ainda líder da Comissão Europeia, Durão Barroso, reúnem-se hoje e amanhã com os principais líderes ucranianos para discutir o atual processo de paz no leste da Ucrânia e assim como processo de associação de Kiev com Bruxelas.