Port Said (Egito), 2 fev (EFE).=. No dia seguinte à tragédia que resultou na morte de ao menos 74 pessoas e deixou mais de 200 feridos após um jogo de futebol entre o time local, o Al-Masry, e o Al-Ahly, do Cairo, os moradores da cidade de Port Said, no nordeste do Egito, ainda tentam entender como a briga entre torcidas tomou esta proporção.
Nesta quinta-feira, enquanto peritos analisavam o gramado, centenas de torcedores protestavam na porta do estádio. Denúncias apontam que os policiais teriam sido negligentes durante a confusão e teriam até facilitado a entrada de pistoleiros no jogo. No Cairo, torcedores também realizaram uma manifestação e entraram em confronto com as forças de segurança. Até o momento, a tragédia causou a saída do governador provincial de Port Said, do chefe dos serviços de Inteligência e de Segurança da mesma província e do presidente da Federação de Futebol Egípcia. Até mesmo o primeiro-ministro egípcio, Kamal Ganzuri, reconheceu diante do Parlamento sua responsabilidade política.